17 de janeiro de 2001
Para “Meu Pecado”
REIS OU PEÕES
Algum tempo atrás me deparei com uma frase antiga, mas muito verdadeira, no jogo da vida “todos somos Reis ou Peões”, frase esta atribuída a Napoleão Bonaparte, e bem verdadeira não é mesmo?
Sim somos reis ou peões, sei que sou, mas o que realmente me deixa louco, é que nesse seu jogo sou peão, aquela peça descartável, seu joguete manipulável, e mesmo que não queira ser não posso evitar sê-lo. Você me manipula do jeito que deseja, descarta a seu bel prazer, e como no xadrez calcula cada jogada, me colocando na linha de frente, me atirando ao fogo, aos leões.
Rainha impiedosa que atiça os desejos de um homem, um soldado sempre pronto ao seu comando; penso que o nome correto deviria ser escravo e não peão, pois me tornei escravo da sua vontade, seu desejo de jogar e comandar o desenrolar desta história, dessa luta de desejos e fantasias subentendidos, mal explicados, que sem propósito nenhum acontece meio que sem querer.
Queria na verdade ser seu Rei, comandar sua vontade, ditar as leis que iriam reger sua coroa, seu reinado. Seu reinado é meu corpo, minha mente impura cheia dúvidas. Dúvidas estas que você plantou em mim, me fazendo de seu bobo da corte, se divertindo a cada passo que dou, com desdenho pelos meus atos insanos eivados no vício que tenho por você, por te devorar com meu olhar.
Quero mesmo é adentrar em seus aposentos reais, por uma passagem escondida, sem aviso, te tomando com a força de um nobre, que reclama o que é seu, te fazer minha, te ter como minha; arrancando um suspiro de paixão condensado no suor do clímax, tomando para mim os despojos desta luta, luta esta travada em seu leito, debaixo dos seus lençóis, arrancando suas lingeries como se fosse uma armadura que lhe protege o sexo, te invadindo com minha espada em riste.
Deixe a passagem destrancada para poder te invadir, por que preciso deixar um pouco de mim dentro de você, preciso dessa luta de desejos, desta guerra do sexo, não quero mais ser um Peão, te quero como Rainha mas para isso você tem que me coroar, me investir de poder para isso, me eleger seu Campeão, só então poderei provar sua virtude.
A realeza dos nossos desejos se encerram em cortinas de moralidade, mas cortinas facilmente são transpostas por uma brisa suave, sublimando a volúpia, em um desejo carnal digno das histórias de reis e rainhas, sei que não seria um conto de fadas, mas com certeza iriamos viver ao menos por alguns momentos o mais erótico dos contos.
Deixe a passagem aberta, e as janelas também para que a brisa entre.
Insanidade do Corpo
Gostaria de saber quem é a Dona do bloG?
ResponderExcluirQuer conhecer seu conde?
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