quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

NO QUE ACREDITO, PARA "MEU PECADO"

11 de janeiro de 2011.

Para uma mulher chamada “Meu Pecado”.
Acredito que como eu, todos os seres humanos guardam seus desejos mais secretos, enterrados em seus pensamentos e sonhos, não só somos capazes de imaginar coisas maravilhosas, mas como também ter os pensamentos mais belos, ou os mais pervertidos, esses pensamentos são nossos, e temos medo de compartilha-los.
Hoje, tive a coragem de escrever sobre eles, não sei  se vou algum dia demonstra-los, mas este momento pode ser o “principio do fim”, da insatisfação de mantê-los só para mim, de guardar essa magia, esse fato, todo o meu íntimo.
A maior parte daquilo que desejamos em outras pessoas, desejos que calamos em nossos corpos angustiados pelo toque da pele do corpo desejado, costuma nos afligir em momentos solitários, quando estamos longe dos olhos aguçados dos outros seres humanos; mas será que deveríamos estar sós.
Na maior parte do tempo sim, mas algumas vezes, e posso dizer que raras vezes, acontece algo diferente, algo inesperado, inevitavelmente o destino às vezes nos prega peças, mudando nossos hábitos, desejos, pensamentos, e até a forma como encaramos o desejo contido, e secreto que guardamos para nós mesmos. Por que não compartilhar estes momentos? E nos satisfazer com eles, de uma forma nova e diferente, inesperada, através de novos olhares, novas formas de fazer amor, e de desejo.
Como, ou porque isto acontece, não sei explicar, mas afirmo que acontece, sou testemunha disto, pois costumo apreciar uma mulher, simplesmente deliciosa, morena, alta, com belas formas, personalidade única. A cada dia espero por uma chance de vislumbrar ao menos um pedacinho seu corpo, a cada chance de apreciar suas formas guardo impresso em meu corpo, em meu ser, um tipo de euforia deliciosa que deixa minha mente meio que entorpecida pelo desejo, inebriada por tentações, talvez seja adrenalina do momento, não sei ao certo, mais sei que me faz sentir vivo como nunca, como não acontecia já há algum tempo.
Aprecio o corpo dela, gosto de vê-la sorrir, andar, passar em minha frente daquele jeito desinibido, sem atenção, ou preocupação, sem nem ao menos me notar; gosto dos detalhes dos seus gestos, da cor de sua pele, do cheiro do seu suor, das curvas do seu corpo, da expressão no seu olhar; vou a loucura com seu gingado manso feminino, sensual como só ela consegue ser mesmo sem querer, fico imaginando uma mulher como esta na cama, pois ela deve ser um vulcão de tentações e desejos, penso em todas as formas de jogos sensuais para se ter com essa mulher, penso nas fantasias que poderíamos realizar.
Imagino como deve ser lindo vê-la se contorcer de prazer, com suas formas voluptuosas, de fêmea fértil, que atrai os homens de forma instintiva, sentir o cheiro de sua pele, seu suor de sexo; sentir o aroma e o sabor do seu sexo; penso que não existe aroma ou sabor melhor do que este no mundo, o perfume do sexo com esta mulher, ou o gosto do tempero de seu corpo.
Tenho devaneios intensos com seu corpo junto o meu corpo, me imagino satisfazendo este desejo de “Meu Pecado”, despejando desejo dentro dela, abundante desejo dentro de seu ventre, várias e várias vezes, até a última gota de êxtaze, tudo dela, tudo para ela, satisfazendo toda sede que esta bela mulher tenha, quero atender estes desejos intensamente, quero que ela desmaie de prazer, suba pelas paredes de tanto tesão, que queira mais, que peça mais, vê-la pedindo mais seria avassalador.
Mas imaginar é tudo que posso fazer, até observar pode ser perigoso, tenho medo que ela não me entenda e me reprove, me exclua de sua vida, não quero perder a amizade, não quero ser inconveniente, desejo de longe, mantenho a distância necessária, aprecio a distância, aproveito as pequenas oportunidades, os detalhes insólitos de minha imaginação, que passeia por todo seu corpo através de meus olhares indiscretos e cautelosos.
Mas posso afirmar que quero apreciar, de forma descomprometida, casual, quero as pequenas chances, os momentos roubados que podem pertencer apenas a nós dois, pequenos pedaços de vida, um olhar discreto, um carinho escondido, um afago nos momentos de solidão, ou um amasso nos momentos de excitação, beijos, abraços, a surpresa da boca em seu corpo, o toque aveludado da pele arrepiada na calada da noite, invadindo a vida um do outro como ladrões, que afanam sem permissão, mas neste caso, roubamos desejos, excitação; o calor do momento é tudo, o mundo a nossa volta iria parar, as preocupações deixariam de existir, a culpa se dissiparia, e tudo que importaria seria o momento da explosão de prazer que teríamos.
Nascemos e vivemos como homens e mulheres, nossos corpos foram moldados de forma única, e com a intenção única de nos unirmos, homens e mulheres nada mais são que filhos da natureza, cheios de defeitos e qualidades, só que mais do que todos os defeitos e qualidades, existe no ser humano algo inexplicável; o desejo, e ele é involuntário, irracional, nossa herança de tempos mais simples de quando éramos um com a natureza; evoluímos e com isso nossa percepção de desejo alcançou outro patamar, um que realmente aprecio muito, a luxuria, que nos eleva em prazer, nos vicia em êxtase, nos conecta de uma forma tão profunda, com esse frenesi dos corpos entrelaçados querendo se tornar um só, luxuria que vivo apenas em meus mais pervertidos sonhos.
Não tenho muita esperança de tudo, mas espero pelo menos um pouco, tenho que me contentar com momentos raros, escassos de sensualidade e erotismo, consigo viver com isso, mas não posso me conformar em ficar calado guardando tudo isto só para mim, tenho que compartilhar ao menos o conhecimento de mim mesmo, do meu ser, tenho compartilhar o que aflige minha alma, meu corpo, quem sabe assim você possa ao menos aceitar minhas fantasias, quem sabe até mesmo compartilhe algumas comigo, seria maravilhoso.

Insanidade do Corpo

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