Aprecio sua beleza e a mulher que você é; sempre bela com sua libido sedutora, quase inalcançável em sua incomensurável fortaleza que são seu corpo, alma e coração, me impressiono com seus gestos que instigam minha imaginação, dilaceram meu ser, apetecendo em meu amago essa devastadora falta que sinto; essa esmagadora insatisfação que percorre meu corpo, sigo apreciando de forma voraz cada gesto malicioso na busca de contentar fantasias subversivas que extravasam e deleitam na sua imagem meus pecados do corpo e da alma, quase sempre sonhando acordado com sua forma sinuosa que instiga meu ímpeto de forma inebriante e fugaz.
Aproveito os momentos de solidão, em que penso em você, pois sem eles não teria a consciência da consumação dos pensamentos traduzidos pela inquietude resoluta, que em sua forma admiravelmente inflama minha vida me empurrando cada vez mais a esse abismo de decisões, explanando ao meu coração, meu corpo e alma o alívio dos sonhos pecaminosos cheios de erotismo e volúpia, provocativos que satisfazem a descomedida e sôfrega falta que você exerce em minha vida.
Vislumbro sua natureza, essa incólume aparência e forma, que merecidamente elogio, eu credito tudo isto a existência em sua carne de uma alma de Súcuba, que se alimenta dos homens, de seus desejos e alma, e digo sem cerimônia que me satisfaria ser o alimento que preenche suas noites, ser a imoral carne que te preenche, ser a realização insinuante da sua alcova, voluntariosamente sendo a plena satisfação de sua vaidade; exaurido até a ultima gota de sobriedade do meu corpo, me entregando por completo a esta languida e desvairada paixão.
Amo sua libido descontrolada e despudorada, que satisfaz seus anseios, na forma desse insaciável deleite que se chama imaginação, a qual não lhe falta na hora de sorver de forma erótica toda possibilidade de deliciar-se no intimo movimento dos instintos e vontades que inflamam a carne, te fazendo mulher descomedida, altiva, insana, na busca infindável do que lhe proporciona a lasciva volúpia, que indecorosamente corrompe seus homens, que dominados por essa obscena devassidão, se tornam escravos da pérfida e licenciosa libertinagem que seu corpo proporciona.
Regozijo-me no fato de não te ter, apenas por que observo seu vivido e frenético destino, o qual será meu, sigo em frente com a certeza de que algum dia a vida e seus caminhos não tardarão em cruzar nossos desejos indecorosos, profanos, selvagens, que revigorarão a febril luxuria dos nossos momentos, poluindo mentes e corpos, suados e entrelaçados na desafiadora suplica do desejo, novamente estremecendo os altares da vaidade, enlouquecendo com sordidez o caminhar dos amantes, com afagos e a euforia da noite, que escorrerá por nossa pele e íntimo, com o suor da carnalidade, novamente consumindo a obscenidade voraz que nossa imaginação requer, no embalo ritmado dos corações exaltados, de posse das nossas lembranças e experiências que se completarão em despudor, liberto de qualquer amarra, pleno semeando em nós a sagaz necessidade de preencher um ao outro intensamente, com o ardor dos beijos, caricias que buscam o clímax com se nada mais importasse além de nosso promiscuo prazer.
Para “Meu Pecado”.